Quem já enfrentou e enfrenta problemas sérios com saúde e já viu de perto duas vezes a face da velhinha da foice, e a enganou, tem a convicção fortalecida de que a vida é muito efêmera e precisa ser vivida em plenitude. Com o máximo de amor que pudermos dar e receber, assim como de amizades sinceras. Muito lazer, sexo saudável e compatível com a idade (oxalá), boas refeições e bebidas, viagens, leituras, cinema, música e teatro, conforto, pescarias, praias e tudo que esteja ao nosso alcance em termos materiais, e não represente desperdício ou mera e desnecessária ostentação.

Generosidade, solidariedade e fraternidade para ter a alegria e o entusiasmo pela vida.

E uma boa causa por uma sociedade mais justa e igualitária.

Brincar com a vida, já que ela brinca tanto conosco.

 

P.S.: Sei que pode ser clichê ou filosofia de botequim. Mas em coisas e dizeres banais estão valores que nem sempre seguimos. Pensei em escrever quando, desolado, soube da partida desta vida do meu querido amigo, o médico João Salum. Amigo de infância e mais jovem (72 anos), o chamávamos de Salunzinho. Muito humanitário, atendeu gratuitamente pobres e enfermos durante toda a longa carreira na Santa Casa de Misericórdia – muitos dos que encaminhei de Matinhos, quando estive prefeito.

Salute.
Carpe Diem.

 


José Maria Correia é colunista do blog do Zé Beto.